sábado, 12 de setembro de 2009
FILME: O AMOR É CONTAGIOSO
O filme nos mostra um estudante de medicina, que como milhares de outros acaba de entrar na universidade, e procura em seus professores a resposta para suas várias dúvidas a respeito da formação profissional, seu nome é Patch Adams (vivido por Robin Williams que tem, mais uma vez, a capacidade de nos fazer rir e chorar).
A observação dos mestres em ação, de suas atitudes, e principalmente da forma como eles se relacionam com seus pacientes desperta em Patch a consciência de que aos tratamentos médicos falta um quesito fundamental, a humanidade, entendida como respeito, apreço, consideração, estima e calor humano da parte dos médicos em relação a seus pacientes.
O filme realmente é incrível, e nos faz perceber o quanto precisamos ser mais humildes naquilo que nos dispusemos a fazer. Traçando uma comparação entre o filme e o curso de Pedagogia , percebi o quanto o currículo continua fechado e arcaíco, não condizendo com a realidade dos cursos,onde estudantes de medicina só tem contato com pacientes a partir de alguns anos de estudo. E o nosso caso é bem pior, pois só vamos a campo no último ano de curso, é aí que se dá o confronto da teoria e da prática, onde percebemos que o estudado não condiz com o que encontramos nas salas de aula. Então muitas vezes se dá a frustração, a desistência, o desamor, ou então o reconhecimento e a certeza de que nasceu para ensinar.
Um fato que me chamou a atenção no filme é que o paciente muitas vezes é visto como objeto de trabalho dos médicos, só enxergam a doença e não um ser humano doente . Na educação não é diferente, o aluno que é considerado problemático, muitos professores o deixa de lado, cometento os mesmos erros de prepotência vistos no filme.
Para me o momento mais lindo do filme é quando Patch diz a seguinte frase: "Queria ser médico para ajudar o próximo. Por causa disso, perdi tudo. Mas também ganhei tudo. Compartilhei das vidas de pacientes e pessoal do hospital. Rimos e choramos juntos. Quero dedicar minha vida a isso. E hoje, seja qual for sua decisão, juro por Deus que vou chegar a ser o melhor médico de todo o mundo. Podem impedir que eu me forme. Podem me negar o título e a bata branca. Mas não podem dominar meu espírito nem evitar que eu aprenda. Não podem me impedir de estudar. Portanto, têm uma escolha. Podem me ter como um colega apaixonado ou como um intruso, mais ainda inquebrantável. Seja como for, ainda vou ser um espinho. Mas prometo, vou ser um espinho que não podem arrancar." Devemos procurar ser iguais a Patch, um exemplo de profissional e ser humano, enxergar além das dificuldades,ter amor pelo que faz,e principalmente vê o outro como ser humano que precisa de amor, dedicação, alegria e respeito.
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Oi Milena,
ResponderExcluirExcelente reflexão a sua sobre o filme. É preciso sim discutirmos a interface entre currículo e formação na nossa itinerância docente.
Um cheiro,
Socorro