sábado, 5 de setembro de 2009

MINHA HISTÓRIA DE VIDA



Falar da minha história de vida me remete a saudades. Saudades das pessoas que estiveram lado a lado comigo, como amigos de infância, colegas da escola, professores, colegas de trabalho, e tantas outras pessoas que já não estão mais comigo, entretanto, sei que cada um deixou um pouco de si, e levou um pouco de mim.
Meu pai e minha mãe são meus amores, tudo para mim, falar deles até me emociona. Até aos sete anos de idade fui filha única, então todas as atenções eram para mim. Quando minha irmã nasceu, fiquei um pouco enciumada, pois, todos os mimos e cuidados que eram só meus, tive que dividir com ela. Mas, mesmo assim eu a amo de montão. Ah! Faz três anos que ganhei um presente de Deus, meu noivo, uma pessoa maravilhosa.
Não tenho problema algum em dizer que estudei em instituições públicas durante toda a minha vida. Aliás, me orgulho, pois, apesar de todos os dilemas que a escola pública tem, consegui obter um bom desempenho, porque tive determinação e perseverança e pude contar com a ajuda da minha mãe.
Aos quatro anos de idade comecei a freqüentar a escola, dessa fase não me recordo de muita coisa, só de brincar muito e fazer colagem.
A minha alfabetização e quase todo o ensino fundamental, foram recheados de resquícios da tendência tradicional, pois, os métodos utilizados eram pautados no que já estava proposto pela professora, ignorando as experiências trazidas por nós alunos, tornado a prática pedagógica estática e sem questionamentos.
Na relação entre alunos e professores, havia certo distanciamento, pois, os professores se portavam como soberanos, não sei se de fato eles se achavam “o tal”, ou se essa postura era uma forma de manter o respeito.
A metodologia aplicada na maioria das vezes se resumia em memorizar e copiar, o que dificultava uma aprendizagem significativa, estudava pensando muito mais na nota do que na obtenção de conhecimentos.
A avaliação era feita através de provas escritas, orais, exercícios e trabalho de casa, com uma enorme carga de cobrança e até punições, estimulando a competição entre os alunos. Dessa forma a avaliação servia apenas para julgar e classificar, quando na verdade deveria ser utilizada para diagnosticar a deficiência do aluno e trabalhar esse déficit que o aluno possuía. A avaliação deveria servir para subsidiar a tomada de decisão em relação à continuidade do trabalho pedagógico, sendo também processual e formativa.
Ao me recordar da escola em que estudei até o ensino fundamental pude perceber e refletir que a tendência tradicional ainda continua impregnada na grande maioria das escolas e universidades, pois alguns profissionais da educação vêm ensinando da mesma forma como lhe foi ensinado.
Já no ensino médio alguns professores seguiam a tendência tecnicista, nos preparando apenas para o mercado de trabalho, e outros utilizavam a tendência construtivista, e o mais visado era a construção do saber, onde o conhecimento não é dado como pronto, acabado.

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